4/08/2014

PouHouse - Casa de verão cap. 2 (ep.4)

Segurei o corrimão da escada com força por conta do nervosismo,  e quase o quebrei ao ouvir um berro.
- Itsme, esta louca? Me assustou!
- Eu te assustei? Pensei ter te visto lá em cima! O que esta fazendo aqui Somer?
- Eu vim tomar um copo de água! Nossa, bem que pensei ter ouvido alguém no banheiro quando levantei.. - Somer olhava para a parede com um sorriso de quem havia descoberto algo a que pensava durante horas, e finalmente se acalmando do susto rimos como dois patetas.
Me dirigi até a cozinha e tomei um copo de água, mas como nenhum de nós sentíamos sono, conversamos por horas até cansar e nos deitarmos novamente.
Acordei com os pulos de Lifofety, que estava com pressa para descer e tomar seu café. Fui a ultima a sair do quarto, e enquanto passava pelo quarto dos garotos ouvi Top gritar de animação ao ver o identificador de chamadas de seu celular, era Zopper quem ligava. Ele pegou o celular e desceu correndo, eu o segui até a sala de jantar onde todos tomavam café da manhã. Top falou com Zopper primeiro, em seguida a lifofety, depois fofonha, Somer, e então eu. Perguntei a ele como estava no Rio de Janeiro e quanto tempo iria demorar para que ele voltasse, eu estava morrendo de saudade, e ao encontrar o olhar de top, nos entendemos, Zopper era um grande amigo para nós, passamos muito tempo juntos, e na maioria de minhas lembranças mais alegres estavamos nós três.
Lamentei por Zopper não estar conosco, este era pra ser um verão com todos nós reunidos desde o início.
Comi alguns Waffles e sai da cozinha ainda um pouco abalada ao lembrar que um de meus melhores amigos não estava na casa.
- Também sinto falta das brincadeiras - disse Top, entrando na sala.
Sorri ao ver que Top realmente me entendia e o abracei fortemente, era o abraço que eu precisava, um abraço de compreensão. Sorri para ele em agradecimento e entramos na cozinha novamente. Observei a janela por alguns segundos, chovia muito e o vento parecia estar quase cortando as árvores. A ventania estava violenta, o que  fez com que a janela abrisse com força, derrubando tudo que havia na bancada. Olhei para Lifofety, ela estava tão assustada quanto eu. A chuva
Invadia a cozinha como se a casa a estivesse chamando, e o vento fez com que as outras janelas também se abrissem, provocando uma corrente de ar tão forte que dificultava nossos movimentos. Pensei comigo mesma se conseguiríamos chegar até as janelas antes que a chuva e a ventania destruíssem completamente todo o café da manhã, mas era tarde demais, quando olhei para a mesa ja estava tudo molhado ou no chão. Não demorou muito para que a casa ficasse mais estranha, pois as luzes começaram a piscar como luzes de natal, mas em uma velocidade maior. Thefofonha foi a primeira a berrar e correr em circulos apavorada, em seguida lifofety se encolheu, Somer ficou petrificado, e Top tentava se enfiar dentro da geladeira.
Quando vi o pânico de todos acabei perdendo a paciência.
-Parem com isso agora! - berrei, prestando atenção em Fofonha, que tentando parar de correr acabou batendo o rosto na parede. - Mantenham o controle!
As luzes pararam de piscar e se apagaram totalmente, foi quando perdi a noção da decência.
- A meu santo Gotchi! Eu tenho medo do escuro - berrei e corri em circulos procurando por alguém desesperadamente. As luzes se acenderam e pude ver o rosto de cada um, todos me olhavam chocados. Foi quando a luz começou a piscar novamente que todos corremos dali. Esbarramos com Poulo que saia do banheiro correndo também, dizendo que a mesma coisa acontecerá la.
Corremos até o quarto feminino, fechamos a porta e nos encolhemos proximos das camas.
- Então você estava a manhã inteira no banheiro? - Disse Fofonha, fazendo com que todos rissemos.
Paramos de rir quando ouvimos o som da maçaneta, que estava girando para abrir a porta. Meu corpo gelou como se eu estivesse caindo de um precipício e então a porta se abriu.

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